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Financiamento da casa própria: Tipos de financiamento

A compra da casa própria é um sonho para muitos e sinônimo de muito esforço e economia. Para ajudar nessa missão, existem diferentes opções de financiamento imobiliário, as quais dão um empurrãozinho nessa conquista.

Por Daniel Costa
18/08/2017 09:31

Mas antes da compra da casa nova ou do apartamento na planta, por exemplo, é preciso entender como cada tipo de financiamento imobiliário funciona, o que permite que você classifique aquele que está de acordo com o seu orçamento e suas preferências.

É preciso analisar muito bem os detalhes de cada um, bem como as taxas de juros (que sempre vão existir) e o tempo para quitação da dívida. Isso porque, num contrato de financiamento, há cláusulas que determinam o valor das prestações. Aliás, ela é a questão mais importante aqui, pois, dependendo de como é constituída, os valores podem crescer ou decrescer ao longo da quitação da dívida.

Mais: a prestação é dividida em amortização e juros. Amortização é o que está sendo devolvido ao banco pelo dinheiro emprestado, enquanto que os juros são aquele valor referente ao empréstimo desse dinheiro por parte do banco. Lembre-se que você paga juros sobre o saldo devedor, ou seja, aquilo que ainda falta devolver à instituição financeira. Conheça os principais tipos de financiamento:

 

Sistema Price

Esse talvez seja o mais popular tipo de financiamento em todo o mundo, apesar de ser cada vez menos utilizado no Brasil. Aqui as prestações são fixas, os juros decrescentes e as amortizações crescentes.

Em um financiamento em dez parcelas, por exemplo, o devedor paga um pequeno valor referente à amortização no primeiro mês; no segundo mês, a quantia referente aos juros é menor, uma vez que o saldo devedor diminuiu no pagamento da primeira parcela, mas o valor da amortização é maior; no terceiro mês os juros caem mais ainda e a quantia relacionada à amortização aumenta. No último mês, o valor dos juros é bem pequeno, enquanto a quantia relacionada à amortização corresponde à maior parte da última prestação.

No entanto, como o Brasil é um país com altas taxas de inflação, a Tabela Price foi adaptada e foram adotados indexadores para reajustar as prestações em função do aumento dos preços. Com isso, as prestações variam de acordo com a inflação.

Assim, a taxa referencial (TR) é utilizada. Ela nada mais é que um indicador pós-fixado, divulgado após o fechamento do contrato de financiamento, o que serve para reajustar as prestações e o saldo devedor.

 

SAC

O Sistema de Amortizações Constantes, também conhecido como SAC, tem variação de juros, o que faz com que, naturalmente, as prestações diminuam ao longo do financiamento.

Como as parcelas no início do pagamento são maiores, o devedor acaba amortizando mais rápido a dívida e paga um total de juros menor.

 

Sacre

Esse tipo de financiamento é uma mistura do Sistema Price e do SAC. Assim, com o Sistema de Amortização Crescente (Sacre), as prestações sobem durante um determinado intervalo de tempo até chegarem a um ponto, a partir do qual vão diminuindo.

Aqui também há reajuste pela TR, que na maior parte dos contratos substitui a correção monetária.

 

Sistema Financeiro de Habitação (SFH)

Esse é um tipo de financiamento feito pelo Governo Federal, sendo garantido através dos recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos) e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Regendo a maior parte dos financiamentos imobiliários que ocorrem no Brasil, para que ele aconteça é necessário que o valor máximo de avaliação do imóvel seja de 750 mil reais em São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro, e 650 mil reais nos demais estados.

A máxima concessão é de 585 mil reais, sendo que a parcela não deve comprometer mais que 30% da renda daquele que está comprando o imóvel. O prazo para quitar a dívida é de 420 meses, ou seja, 35 anos.

 

Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI)

Esse financiamento também é desenvolvido pelo Governo Federal, tendo sido criado para servir de complemento ao SFH. Aqui, no entanto, há um maior risco, o que faz com que os juros sejam maiores e variáveis.

Isso porque esse financiamento não exige um valor máximo de avaliação do imóvel nem um limite de renda comprometida. O valor de concessão varia entre 80% e 90% e o prazo para quitar a dívida também é de 420 meses.

 

Minha Casa Minha Vida

Criado em 2009 pelo Governo Federal, ele dá acesso à aquisição da casa própria pelas famílias de baixa renda. Está dividido em duas modalidades: famílias que ganham até mil e 600 reais por mês e famílias que ganham até 5 mil reais por mês.

No primeiro caso, é possível obter um financiamento para até 80% do valor total da casa (antes era 95%, mas o governo alterou esta regra no dia 14/08), sendo que as taxas de juros são reduzidas. O mínimo que se paga em cada parcela é de 25 reais, e o prazo máximo para quitar a dívida é de 10 anos.

No segundo, no entanto, o governo não subsidia o valor da habitação, mas os juros também são baixos. Aqui os beneficiados podem quitar a dívida em até 30 anos.

 

Ficou confuso com tantos tipos de financiamento disponíveis no mercado? Não se preocupe, a Imobiliária Rossi possui profissionais especializados em financiamento imobiliário para lhe orientar em todos os aspectos.

Na próxima semana, o último artigo desta série iremos fazer um passo a passo para você conseguir seu financiamento desde a simulação até a assinatura do contrato. Até lá.

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